A curiosidade pela vida selvagem foi uma das coisas que nos levou a visitar a ilha do bornéo na Malásia.
Aí compreendemos melhor o problema da desflorestação devido à produção do óleo de palma, visitámos um Centro de Conservação de Orangotangos e navegámos pelo Rio Kinabantangan de binóculos em punho à procura dos mais variados animais selvagens. Vê neste artigo o que descobrimos!
A desflorestação e o óleo de palma
As utilizações do óleo de palma são das mais diversas e os seus benefícios são altamente referenciados, sendo um dos óleos vegetais mais produzidos do mundo. Margarina, chocolate, velas, cosméticos, lubrificantes, sabão, produção de combustível… enfim, um sem número de finalidades que traz consequências sérias.
Devido ao seu clima favorável, a Malásia e a Indonésia são os maiores produtores de óleo de palma do mundo. Por isso, a floresta tropical na ilha Bornéo, maioritariamente ocupada por estes dois países, tem vindo a ser destruída para dar lugar à plantação de palmeiras.
Com efeito, esta desflorestação faz com que animais selvagens como, por exemplo, o orangotango, tenham cada vez menos lugar para habitar e comida para sobreviver, levando ao aparecimento de cada vez mais animais mortos nesta floresta tropical.
Visita ao Centro de Reabilitação de Orangotangos
Em Sepilok, no lado Este da ilha do Bornéo, visitámos o Centro de Reabilitação de Orangotangos. Um espaço onde são acolhidas crias órfãs e orangotangos doentes para lhes dar os devidos tratamentos veterinários e de reabilitação para que depois eles possam voltar à selva e sobreviver por si próprios.
Este centro não é, portanto, um jardim zoológico. Pelo contrário, é selva aberta onde talvez seja possível ver orangotangos. Nós tivemos sorte e, logo que entrámos na área, havia uma orangotango fêmea muito descontraída que ocasionalmente tinha parado por ali. Passámos a cerca de um metro dela!
E durante um dia inteiro andámos por lá na esperança que eles aparecessem a qualquer momento atraídos pela comida. Ainda vimos mais uns quantos desta espécie que é tão parecida connosco: 96,4% do ADN dos orangotangos é semelhante ao ADN humano. Além disso, surpreendentemente, as palavras “orang utan” em malaio significam Homem da floresta!
À procura da vida selvagem no Rio Kinabantagan
Com vontade de explorar mais a fauna da floresta tropical, fomos à boleia para Sukau, uma aldeia mais a sul junto ao Rio Kinabatangan. Alojados à beira rio, durante dois dias fizemos vários passeios de exploração num pequeno barco. Vimos principalmente pássaros das mais variadas espécies. Grandes e pequenos, pretos, brancos e coloridos. Os nossos favoritos, que são também dos mais raros, foram os calaus com os seus bicos coloridos em forma de corno.
Além dos muitos macacos de cauda longa e curta que por ali andavam sempre, conseguimos avistar vários macacos-narigudos, uma espécie que apenas existe na floresta tropical da Ilha do Bornéo e que tem umas feições muito engraçadas. Vimos ainda um orangotango macho enorme, doninhas, corujas e, por uma fração de segundo, conseguimos avistar um crocodilo que nos pareceu ser dos grandes, além de um vislumbre de um crocodilo bebé. Uma experiência inesquecível!
Em suma…
Estes dias no meio da floresta, à procura dos mais diversos animais, foi das melhores experiências que já tivemos. É preciso paciência e não podemos ter as expectativas muito elevadas, pois sendo animais em vida selvagem, vê-los é uma questão de sorte! Sabíamos por exemplo que havia também elefantes pela região mas não nos cruzámos com eles… ficará para a próxima!
Ficamos já muito satisfeitos com todas estas espécies de animais selvagens que conseguimos ver no seu pleno habitat. Estar no meio da vida selvagem da Ilha do Bornéo foi, sem dúvida, uma experiência única ?
Vê aqui mais sobre as nossas experiências na impressionante natureza da Malásia e ainda o porquê de acharmos a Malásia um país realmente surpreendente!
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