Já que estávamos na ilha do Bornéo, a terceira maior do mundo, não podíamos perder a oportunidade de visitar mais um país. Apanhámos o ferry em Kota Kinabalu na Malásia e fomos visitar o Brunei.
Este é um país pequeno com apenas cerca de 418 000 habitantes (aproximadamente metade da população do distrito de Braga!) e maioritariamente muçulmano. As grandes reservas de petróleo fazem com que seja um país rico de uma forma em geral, estando em quinto lugar em termos de PIB per capita no mundo. O seu bilionário sultão e primeiro-ministro é também o governante mais rico do planeta!
Com certeza que o país tem mais para explorar, mas nós só visitámos a capital Bandar Seri Begawan e apenas ficamos duas noites. Conforme esperado, comparativamente ao restante sudeste asiático, fica bastante mais caro viajar no Brunei.
A capital é muito pequena e os seus pontos de interesse visitam-se facilmente a pé em apenas um dia. A Mesquita do Sultão Omar Ali Saifuddin é o principal lugar a visitar no Brunei, sobretudo na capital… foi pena nós não podermos entrar porque estávamos no período do Ramadão e então não permitem a entrada de visitantes não muçulmanos.
Porém, nós achámos ainda mais bonita e interessante a Mesquita Jame Asr Hassanil Bolkiah que fica mais afastada do centro e é a maior mesquita do país. Antes de atravessarmos o rio, passamos ainda pelo Museu Regalia… um museu completamente dedicado e de culto ao sultão. Impressionante!
Geralmente os visitantes apanham um barco para atravessar o rio até Kampong Ayer e visitar a pitoresca vila flutuante de casas bonitas, coloridas e recheadas. Nós resolvemos atravessar o rio por uma pequena ponte mais distante que nos levou a outra vila flutuante e a ver um Brunei um pouco diferente. As condições daquela vila não tinham nada a ver com as condições de vida na restante cidade. Ali as pessoas vivem em casas de madeira meias destruídas, com comodidades mesmo muito básicas.
Não nos deixamos ficar por ali muito tempo pois, além dos enormes lagartos, havia imensos macacos que não tinham aspeto de muito amigáveis.
Caminhámos, por fim, até ao grande mercado noturno onde as mais diversas comidas e sumos de fruta não faltam.
Foi muito interessante ver de perto o Ramadão num país tão estritamente muçulmano. Como os muçulmanos não comem desde o amanhecer até ao anoitecer, vêm-se os restaurantes abertos mas vazios o dia todo até pouco antes das seis e meia da tarde, que é quando as pessoas se começam aí a acumular à espera da hora de quebrar o jejum.
Quanto a nós, nalguns restaurantes disseram-nos que não nos podiam servir, nem para almoçar, até às 18h30m. Noutros disseram que nos podiam servir mas que teríamos de comer na mesa mais escondida do restaurante para não sermos vistos da rua. Ficámos a saber até que o restaurante pode apanhar uma multa caso se saiba que eles serviram comida nas horas não permitidas!
Mesmo tendo sido uma visita curta e apesar de não ser o destino que nós mais recomendamos, valeu a pena visitar o Brunei e vermos este pequeno país com os nossos próprios olhos. Foi, com certeza, uma experiência interessante!
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