Com 130 milhões de anos, o Parque Nacional Taman Negara na Malásia é a floresta tropical mais antiga do mundo. Apesar de existirem aí algumas caminhadas guiadas de vários dias, após ouvirmos histórias de outros viajantes que o visitaram sozinhos, claro que queríamos ir conhecer esta selva por nós próprios.
Tudo a postos para dois dias de caminhada, com comida suficiente, equipamento básico e trajeto definido, entramos nós na densa floresta cheios de entusiasmo. Segundo o plano, seriam 11 quilómetros até ao abrigo onde iríamos dormir, algo semelhante a um antigo posto de vigia. No entanto, confirmámos o já esperado: caminhar na selva não é nada fácil! Um terreno muito irregular, passar por cima ou por baixo de grandes árvores caídas, atravessar riachos, parar para pensar e perceber qual o caminho certo… tudo demora o seu tempo!
É claro que nos enganámos no caminho e que em vez de 11 andamos perto de 20 quilómetros em 7 horas!
Apesar de existirem animais como tigres e elefantes nesta selva, foi na nossa paragem para almoço que nos deparámos pela primeira vez com o nosso pior inimigo desta caminhada: as sangue-sugas! São um animal repugnante e persistente que nos consegue pôr a sangrar em segundos sem que nos apercebamos. Após meia hora ali parados, cada um de nós já tinha umas quantas agarradas às pernas e aos braços! E a partir daí foi sempre a ter destes encontros indesejáveis. Não podíamos parar um minuto que éramos logo atacados!
Seguimos o resto do dia caminhando, até que finalmente chegámos ao abrigo onde iríamos dormir… mas havia um grande problema: estava empestado de abelhas enormes!
Nem conseguimos pousar as nossas coisas para decidir o que fazer. Tivemos que sair logo dali! Era até suposto estarem lá mais 5 pessoas além de nós para pernoitar (segundo nos tinham informado no ponto de informação) mas, como é claro, não estava lá ninguém. Já desgastados pelo longo dia de caminhada, a situação parecia-nos um tanto ou quanto preocupante: quase a anoitecer, no meio da selva, sem sítio para dormir e sem luz solar suficiente para voltar para trás a pé.
Também já estávamos quase sem água. A humidade na selva é tanta que num instante se perde em suor todos os líquidos que se bebeu. Os 4,5 litros que tínhamos levado já estavam quase no fim em apenas 6 horas. Decidimos então caminhar mais 2 quilómetros até à beira do rio na esperança de ver passar algum barco que nos pudesse levar até à vila. Mas a esperança era pouca… já eram 6 da tarde, todas as tours que por ali passavam já teriam terminado.
Por fim, tivemos sorte! Encontrámos três senhores que estavam a tirar fotografias ao parque e tinham um barco à espera deles! Lá pagámos ao condutor, uma despesa que não estava nos planos, para fazer o desvio e nos levar à vila. Pelo menos a viagem de barco foi bastante bonita!
O plano inicial saiu furado mas ainda assim tivemos sorte. Não conseguimos passar a noite na selva como queríamos mas pelo menos não tivemos que a passar com os abelhudos que ocuparam o nosso abrigo!
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