Já no sul do Camboja, estivemos uma semana em Kampot a fazer voluntariado no projeto Flower of Life. Fomos acolhidos pelo criador do projeto – o Ben, um casal khmer muito simpático que lá trabalha e voluntários de vários países. E com eles aprendemos imenso estes dias. O Flower of Life está ainda numa fase inicial, de construção das infraestruturas para vir a ser uma quinta de permacultura desenvolvendo sistemas hidropónicos e aquapónicos. É orientado por valores sustentáveis e, além disso, terá também um espaço de lazer e alojamento em bungalows.
Neste momento, com o esforço e contributo dos voluntários que todas as semanas chegam e partem, o espaço conta já com um bungalow e uma estrutura de camas de rede, um bar construído com mais de 1800 garrafas de vidro reutilizadas e algumas plantações.
A nossa ajuda consistiu em trabalhos de construção: a sala de vapor construída também com garrafas de vidro e a chamada casa do Hobbit com sacos de areia. Assim, entre fazer cimento, construir parede, arrumar madeira e limpar garrafas se passaram as nossas manhãs e finais de tarde. Após o sempre delicioso e típico almoço khmer, na hora de maior calor, aproveitámos para ir à cidade ou somente descansar na cama de rede e conviver com os restantes voluntários.
Além disso, as condições da casa eram muito básicas… e os mais diversos bichos (principalmente os rastejantes e os pequenos insetos voadores) viam-se em todo o lado! Mas isso, que inicialmente pareceu ser o mais difícil para mim (Ana), acabou por ser esquecido por toda a experiência positiva que tivemos, cheia de novas amizades, rica em aprendizagens e repleta de momentos de boa disposição e entreajuda.
Foi, sem dúvida, um prazer fazer parte deste projeto: uma boa iniciativa e um exemplo alternativo de ideais que gostaríamos que estivessem mais presentes em toda a sociedade.
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E depois desta semana de trabalho em Kampot, ainda no Camboja viajámos para a ilha Koh Ta Kiev, com uma pequena paragem na famosa praia de Otres.
Koh Ta Kiev é uma ilha paradisíaca de água quente e praias fantásticas ligadas por alguns caminhos estreitos pelo meio da selva cerrada. Ao contrário de outras ilhas mais conhecidas, esta ainda é pouco tocada pela ação humana.
Boa comida. Pouquíssima gente. Longe da massificação turística. Sem internet. Sem eletricidade. Pés descalços. Dormir em camas de rede. Acordar com o amanhecer e os barulhos da natureza. Passar o tempo sem horas e com uma vista infinita de azul turquesa para um horizonte onde o mar se mistura com o céu.
Passaram mais de 50 dias de viagem e continuamos muito contentes e de boa saúde!
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